top of page

Segui meu coração e voltei para o vôlei


Se a gente quiser, na distância de um clique, encontramos vários textos sobre a importância da prática do exercício físico pro ser humano. Esse não é um texto sobre isso. Tampouco é pautado em máximas motivacionais baratas do tipo, “just do it que a sua vida vai se encaminhar por si só”.


É mais um ensaio extremamente pessoal sobre como viver aquilo que é importante pra nós exerce um poder transformador em nossas vidas. E uma aposta triste sobre como abrimos mão de vitalidade quando pautamos as nossas escolhas mais no que se espera de nós e menos no que de fato faz sentido (bem lá no fundinho do nosso ser).


Esse é um chamado sobre como dar crédito ao nosso corpo é essencial. E como confiar em nós mesmas é disruptivo em uma sociedade que, embora muito cansada, segue perseguindo o pódio, o sucesso e a produtividade sob o falso pretexto de que o nosso valor está na grandiosidade do que conquistamos em termos materiais. E é, sobretudo, meu relato de amor com o vôlei (e comigo mesma). 🏐❤️


O esporte permeia a minha história desde que posso me lembrar. A Luma do velho testamento se aventurou por um pouco de tudo: balé, futebol (e todos os coletivos possíveis), natação... E daí surgiu o vôlei, que dividiu águas e me permitiu viver as experiências mais desafiadoras e marcantes durante a adolescência e a juventude. Só que a vida adulta cobra imposto caro, e pra bancar ser tudo o que se espera de nós, muitas vezes somos impelidas a abandonar o barco da felicidade autêntica, do prazer de fazer algo só porque amamos, de sermos verdadeiras com quem gostamos de ser. Caramba, isso dói.


Depois de 10 longos anos distante de muita coisa que me fazia bem (e que só não acrescentava muito pro mundo), resolvi dar uma chance pra minha meninice e voltei pro vôlei. Começou do jeito que dava com o que eu tinha disponível. Agora permeia novamente o meu dia-a-dia de um jeito intenso, porém leve, presente, mas não compulsório.


Descobri amigas incríveis, dei espaço pra emoções importantes, fiz as pazes com partes de mim que não precisavam sumir do mapa: tudo bem eu gostar de jogar bem; tudo bem me esforçar para e acertar uma jogada; tudo bem querer competir vez ou outra; tudo bem também errar, estar com preguiça ou deixar um campeonato passar porque quero ver a minha família. TUDO BEM ser humana. TUDO BEM eu ser eu e tudo bem você ser você.


No final das contas, esse texto tem muito de bastante coisa, mas principalmente de mim e da paixão que desenvolvi por viver a minha verdade. O valor dessa sensação é inestimável e eu espero, genuinamente, que essas poucas palavras, adaptadas de uma história longa e íntima, possam chegar aos corações de vocês e exercer esse efeito em cascata tão poderoso, que eu costumo chamar, carinhosamente, de ousar bancar a própria felicidade (esteja ela onde estiver, inclusive em uma quadra de areia). 🌻

Comentários


©2020 por Palombina.

bottom of page