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O que fazer diante do sofrimento alheio?


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Ver alguém de quem gostamos em sofrimento é uma 💩, né?


Agora imaginem um contexto em que não podemos estar com quem amamos, nem fazer o que antes gostávamos de fazer. Adicionem um componente lazarento e mortal nessa equação, que coloca em risco a nossa sobrevivência e a nossa humanidade (tô falando do vírus, do coronga, mas aqui no Brasil também podemos pensar em outro fator que caberia direitinho aí nessa carapuça 🙄).


Tchandammm! É o cenário (infelizmente) perfeito para estarmos diante do sofrimento (não apenas do nosso, mas também das pessoas que amamos).


Muitas vezes, sentiremos a necessidade de agir e de ajudar essas pessoas, pois vê-las sofrendo envolve lidar com o nosso próprio desconforto.


A tendência é que tentemos eliminar a dor do outro, a fim de eliminar o mal-estar que é sustentar o sofrimento alheio. A gente lança mão de uma caralhadada de jargões motivacionais e de conselhos baseados no nosso umbigo, e corre o risco de piorar ainda mais uma situação que já é péssima.


Para isso não acontecer, resolvi separar algumas dicas para te ajudar a lidar com o sofrimento alheio.


1. Esteja presente


Vale escrever uma mensagem, ligar, mandar um ifood de algo que a pessoa goste, mas sem ser invasiva, ok? Se ela sinalizar que quer ficar sozinha, respeite. Tente não ficar perguntando se ela está bem (de modo a forçá-la a relatar que está só pra você parar de ser insuportável). Conte sobre algo que viu, diga que se lembrou dela, apresente uma música ou uma série legal. Pergunte se ela precisa de algo ou se quer ajuda com as tarefas do dia-a-dia.


2. Seja empática


Acolha e valide o sofrimento da outra pessoa. Não tente dar conselhos, pois não é hora. Só fique por perto, senta na 💩 junto. Abrace (claro, se ela sinalizou que tudo bem fazer isso). Lembre-se de não transformar esse momento em algo sobre você, e de que empatia não é se colocar no lugar do outro, necessariamente. É só acolhê-lo na dor dele.


3. Ajude na busca por um profissional


As suas intenções podem ser boas, mas lidar com o sofrimento do outro é pesado e exige competência técnica. Pode ser necessário encaminhar a pessoa para um profissional (psicólogo e/ou, eventualmente, psiquiatra). Você pode, por exemplo, se oferecer pra buscar por uma referência, ligar pra agendar a sessão ou mesmo acompanhar a pessoa na consulta. Caso o vínculo de vocês permita, vale se oferecer pra emprestar o dinheiro ou pra pagar as primeiras sessões (claro, se a pessoa disser que está com dificuldades financeiras que a impedem de buscar ajuda).


4. Respeite os limites estabelecidos


Lembre-se de que não existe jeito certo ou errado pra se sofrer, então respeite como a dor se manifesta na pessoa. Talvez ela não queira te ver todos os dias ou talvez não queira falar sempre sobre o assunto. Ou ela pode querer tê-la por perto e contar mil vezes a mesma história. Acolha e não tente impor o seu tempo de reação ou o seu jeito de manejar o sofrimento.


Esse post é um misto de alerta e de carinho com quem acolhe a dor do outro. Você pode ajudar, mas respeitando o seu lugar exclusivo de apoio, ok?


Sigam as dicas pra honrar esse papel que, apesar de parecer apagado, é imensamente importante! 💙


E se quiser ver o post original no Instagram, clica aqui.


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©2020 por Palombina.

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